No século XVI, época em que William Shakespeare viveu, a produção de peças teatrais era muito diferente do que conhecemos hoje em dia. Na Inglaterra renascentista, as peças eram realizadas nos teatros públicos chamados de “teatros da época elisabetana”, como o famoso Globe Theatre.
Para começar, os roteiros das peças não eram escritos como conhecemos hoje. Na maioria das vezes, os dramaturgos, como Shakespeare, escreviam apenas os diálogos dos personagens principais, deixando espaço para os atores improvisarem as falas e até mesmo recriarem cenas durante as apresentações.
Além disso, as peças eram encenadas durante o dia, pois os teatros não contavam com iluminação artificial. As apresentações eram ao ar livre e a luz do sol era a única fonte de iluminação, o que limitava a produção de shows noturnos.
Os figurinos também eram bastante diferentes do que estamos acostumados a ver hoje. Os atores usavam roupas exageradas e coloridas, com muitos acessórios e adereços. As vestimentas eram feitas de tecidos pesados e ornamentados, que ressaltavam a hierarquia social dos personagens.
Outro aspecto interessante da produção teatral na época de Shakespeare era a presença de poucos atores em cena. Diferente dos grandes elencos das peças modernas, as produções elisabetanas contavam com um número reduzido de atores, que interpretavam vários personagens ao longo da peça.
Por último, a música tinha um papel fundamental nas peças teatrais da época de Shakespeare. As apresentações eram acompanhadas por músicos ao vivo, que tocavam instrumentos como alaúde, violino e flauta. As canções e melodias eram essenciais para criar atmosferas e emoções durante as cenas.
Em resumo, a produção de peças nos tempos de Shakespeare era muito diferente do que vemos hoje em dia. Com figurinos exagerados, improvisação de diálogos, atores interpretando vários personagens e a presença de música ao vivo, as peças teatrais da era elisabetana eram verdadeiros espetáculos de arte e criatividade.